Ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa declara apoio a Fernando Haddad

Ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa declara apoio a Fernando Haddad

Por Sérgio Ferreira 28/10/2018 - 07:37 hs
Foto: Nelson Jr/SCO/STF

Por Visual News Noticias

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa usou o Twitter neste sábado (27/10) para declarar apoio ao candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad.

oaquim Barbosa disse que escolheu Haddad após pesar os prós e contras dele e de seu rival, Jair Bolsonaro.

Na postagem, o ministro afirma que “votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”.

Em abril deste ano, Barbosa se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), mas em maio anunciou a desistência no Twitter. "Decisão estritamente pessoal", escreveu. 

Mensalão 
Joaquim Barbosa foi indicado para o Supremo pelo ex-presidente Lula. Na época, era procurador da República. Com um temperamento forte, foi relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão, que acabou com a condenação de 24 pessoas, incluindo petistas como José Dirceu e José Genoino. Durante o julgamento, participou de debates acalorados. Barbosa dizia, em relação ao trabalho desempenhado na Suprema Corte, que “um magistrado tem deveres a cumprir” e que a sociedade espera do juiz “imparcialidade e equidistância em relação a grupos e organizações”.

Nos 13 anos em que foi ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa mostrou uma interpretação severa do Direito Penal — já disse que os juízes brasileiros têm "mentalidade pró-status quo, pró-impunidade". Quando a corte decidiu que condenados por crimes hediondos têm direito à progressão de regime, votou contra.

Em junho de 2014, no meio de seu mandato como presidente, Barbosa pediu a aposentadoria do STF. A sua gestão terminaria no dia 22 de novembro, quando completaria dois anos no cargo. No entanto, o ministro poderia ficar na corte até 2025, quando completará 75 anos. 

Revista Consultor Jurídico, 27 de outubro de 2018